domingo, março 22, 2009

As nossas são melhores




O bom de ter experiências do outro lado mundo é dar valor para a própria cultura. Sempre tive a impressão que tudo no hemisfério norte funcionava melhor que no Brasil – mas não é bem assim. Aliás, que bom, porque em vários assuntos podemos dar aula para quem quiser aprender.

Um desses assuntos é atividade física. Para ser mais direta, corrida. O povo aqui não é profissional como em São Paulo, onde os grupos de corrida são bem estruturados, com treinos regulares, preparação, corridas planejadas. Aqui os grupos de corrida praticam uma vez por semana à noite e depois vão beber nos pubs. E a maioria corre sem orientação, sai correndo o quanto agüentar e pronto. Os instrutores das academias não estão nem aí, já que eles também não são lá os melhores exemplos de preparo. Um curso de duas semanas já habilita uma pessoa a ser instrutora de ginástica.

Bem, o fato é que após um longo e tenebroso inverno de seis meses parada por causa do meu problema na coluna (tem também o inverno daqui que não é mole), voltei a correr devagarzinho há um mês e decidi participar de uma corrida de rua em Leeds. É muito diferente. Começou às 10h30 da manhã, (no Brasil é sempre às 8), fez 7 graus (primavera começou ontem, 21 de março) a inscrição é feita pelo correio (não tem internet aqui?), não distribuem água no percurso e tinha só umas 200 pessoas. Para as corridas de São Paulo que têm no mínimo 2.000 pessoas, é uma grande diferença.

Aqui não se ganha medalha e só ganha camiseta de algodão quem chegar até o final, não é nem de dry fit e nem colorida – branca mesmo. E água só no fim também, não tem gatorade nem frutas. O preço? 9 libras, um pouco mais barato que no Brasil, dá uns 35 reais. Mas não tem nem a metade da organização.

De qualquer forma foi divertido, percurso dentro de um parque, com muitas subidas, muito verde, pouca gente, tudo medido em milhas. Foram só cinco, o que dá uns 8 quilômetros, quando eu vi já tinha acabado. Planejei fazer em 55 minutos, para ir devagar e sempre, mas quando a gente põe um número no peito, não tem jeito... fiz em 42 minutos. Vamos ver o que a minha coluna diz amanhã.

Em tempo: acabei de descobrir que tirei o primeiro lugar na minha categoria!! Recebi um troféu e um voucher de 20 libras pelo correio! Imagine se eu fizesse os tempos que fazia há seis meses....mais uma prova que eles realmente não treinam!

6 comentários:

Denise Sammarone disse...

Oi querida! Que bom que voltou a correr.
E é sempre bom quando a gente descobre - apesar de tantas porcarias - que no Brasil tem muitas e muitas coisas boas.
Adoro esses depoimentos!
Boas corridas!
Um beijão.
Saudades.

Silvia Regina Angerami Rodrigues disse...

Que bacana, Estela, minha ÍDALA!!! Parabéns! Sempre no pique, hein?? Mas é surpreendente saber que nesse quesito o Brasil tá na frente da Inglaterra!!!

Anônimo disse...

Olá ESTELA,

Saudações eco-esportivas.
As pessoas só dão valor quando sentem falta.
O Brasil é primeiro mundo em atividade física, organização de provas, qualidade técnica e várias outras coisas mais.

É por essas e outras que sinto orgulho em ser brasileiro.

Viva o Brasil.
Até a volta.

Wanderlei de Oliveira

Anônimo disse...

Parabens pela vitoria tenho certeza que essa è primeira das muitas que virão .







































































a


Ai Estela mostra pra esses gringos que em pelo menos nisso oBrasil esta na frente . Estou orgulhosa de voce.
.


bjos.









estou

johnny bright disse...

Estéééééééla, a fenômena, como diria o Galvão Bueno. Ela é a Maurren Maggi do jornalismo brasileiro. Tô ufanista até agora, depois de ler o seu post, acho que vou até procurar um grupo de corrida pra correr direito. Deve ter algum aqui no parque da água branca.

fran disse...

congratulations!!! vc ganhou dois prêmios, né? 1) reconhecimento. 2) benefícios pra sua saúde e mente.

bjos,