domingo, setembro 28, 2008

English Food


Eu e o povo que comeu até explodir - frutas e porcaritos




Quem não gosta de uma boca livre? A holandesa do meu curso falou que os holandeses são o povo que mais gosta de comer de graça – aliás, eles gostam de qualquer coisa gratuita. Até eu que sou mais boba......

No dia da aula inaugural, o departamento de comunicação ofereceu um coquetel. Um monte de porcaritos, claro, mas tinha muitas frutas, exóticas e locais. Como eles gostam de jantar cedo, o evento era às 17h00....mas o povo comeu até arrebentar, para não precisar jantar. Afinal, está todo mundo com as libras contadas....

Semana passada teve um churrasco aqui no condomínio. Não tinha picanha não, era lingüiça vegetariana, lingüiça de porco e hamburger....no pão! Isso é churrasco??? Tinha salada e frutas também, mas nem de longe parecia o nosso churrasco.

Aliás, comer bem é uma dificuldade aqui, pois nos pubs e restaurantes ingleses eles oferecem muitos sanduíches e os English Specials – rosbife com ervilhas e batatas fritas, lingüiça com purê, bacon com ovos e ervilha ou fish and chips – ou seja, tudo é frito e com acompanhamento de batata, cozida, assada, frita ou purê. De quebra tem ervilhas, para ser bem criativo e dar um ar saudável de verde no prato. Para comer algo diferente disso, tem que ser restaurante indiano, chinês ou italiano. É, gastronomia não é o forte da Inglaterra.

quinta-feira, setembro 25, 2008

Tem sol na Inglaterra

Eu no tour da universidade. O prédio que eu vou estudar não é tão bonito, sabem como é a prioridade que dão para a comunicação....fica no terceiro andar do prédio da engenharia....Abaixo, o Hyde Park e a pista de skate. Já comecei minhas caminhadas no parque, não é tão grande quanto o Ibirapuera mas pelo menos é despoluído, hehehehe!
Eles falam que aqui faz só cinco dias de sol por ano - Estou no lucro, pois peguei quatro dias de sol em uma semana!











segunda-feira, setembro 22, 2008

Studio Flat






Mais fotos do studio flat onde estou morando - felizmente, não precisei dividir com ninguém e até tem bastante espaço, deve ter uns 40 metros quadrados. Eu sinto falta das tomadas normais do Brasil, tive de comprar um plug para adaptar meus aparelhos elétricos e queria o meu liquidificador e da minha sanduicheira, mas eu me viro de outro jeito até voltar. Um professor disse que aqui só faz cinco dias de sol por ano - estou no lucro, pois já peguei três dias de sol! - aproveitei para tirar algumas fotos do parque e da cidade.


O banheiro é algo ridículo, não cabe meu shampoo e eu ao mesmo tempo. Bato os cotovelos nas parades para lavar o cabelo, tenho de me conter e lavar o cabelo com os braços bem unidos ao corpo. Assim dá certo.







domingo, setembro 21, 2008

Choque cultural






Ainda estou atrapalhada– parece que só saí de férias, a ficha não caiu – são tantas informações que tenho de absorver em tão pouco tempo que a sensação de longo prazo não chegou. Mas por enquanto o que mais faço é observar as diferenças culturais. Algumas eu já sabia, como a obsessão de falar sobre o tempo, e o pior é que nem sei porquê, nunca muda! Perguntar sobre o tempo para um inglês é a mesma coisa que se indagar se o filho dele está bem. Eles até mudam de humor. Sempre faço isso quando chego na imigração, e desta vez não foi diferente, tanto que nem me pediram todos os documentos que levei.

À parte a complexidade do vocabulário sobre o tempo, a vida deles é muito prática. Limpeza é toda feita por cima, no flat que eu moro encontrei umas teias de aranha que nunca tinham visto uma brasileira antes, caso contrário estariam lá até agora. No supermercado, não tem guarda-volumes, e invariavelmente eu entro cheia de sacolas e ninguém fala para fechá-las. Fico angustiada, elas me atrapalham para fazer compras, mas eles não mexem uma palha para guardar nada. Nem por medo de roubo.

Na palestra da universidade sobre saúde, eles recomendam procurar um farmacêutico antes de procurar um médico. Surpresa – e ainda listam todos os casos que o médico deve ser poupado de pacientes, como os casos de vômito, diarréia, dor de cabeça, febre, gripe, dor de barriga, pequenos cortes. Ele está habilitado para orientar o melhor procedimento. Igual no Brasil.... só que os médicos não gostam nem um pouco da idéia.

Peguei um ônibus e perguntei ao motorista quanto custava a passagem. Ele disse que eu que devia dizer. Que engraçado, se me perguntar eu vou de graça. Ele percebeu minha surpresa e perguntou para onde eu ia. Falei o nome do lugar que estou morando e ele disse que não tinha idéia de onde ficava o lugar. A fila crescendo atrás de mim. Repeti o nome, pois achei que ele não entendia nada de pronúncia brasileira. Ele continuou sem saber e o pessoal da fila olhando feio, impaciente, até que ele se tocou e me cobrou 1 pound e 15 centavos. Sei lá se estava certo, só sei que da próxima vez vou dizer 50 centavos!